Thursday, April 26, 2007

NO STEREOTYPES !




Ontem fui a uma festa meio chata. O que salvou a noite foram três figuras muito exóticas e inteligentes que encontrei: Um regueiro, um rockeiro e um estudante de filosofia. Eles estavam vestidos bem à caratér para o que são.Ficamos conversando até às 5 da manhã.
Menti.

A festa em questão, não existiu, foi só pra você exercitar a sua imaginação. Mas, eu pergunto: Como é esse regueiro que você imaginou?posso tentar adivinhar?por acaso ele tinha um cabelo rasta e vestia roupas coloridas com a predominância do preto, amarelo e branco?

E o rockeiro?Por acaso ele tinha várias tatuagens no corpo, talvez usasse piercings, talvez um cabelo grande e , é claro, se vestia todo de preto com uma indefectível camisa da banda predileta dele.

E o estudante de filosofia?Talvez você tivesse imaginado que ele usasse uma tiara para prender o cabelo para trás,uma calça de algodão colorida, camisa hippye, barba por fazer ou hermânica, dessas que lembram o Camelo ou o Amarante e é claro, ele estaria de chinelos,preferencialmente uma havaiana(olha o comercial!) porque estudante de filosofia que se preze, não vai usar nenhuma sandália burguesa!E abaixo o sistema, o capitalismo, o imperialismo americano!Viva marx, Che!

É óbvio que o capitalismo talvez chega a grande praga inventada pela humanidade, Marx até hoje não foi entendido e certamente é um dos pilaraes da inteligência ocidental, Che foi um herói e os americanos se acham a polícia do mundo, representantes do próprio Deus na terra. Deus, aliás, é americano, e não brasileiro como pensam os terceiro-mundistas!Mas não quero falar disso. Quero falar de ESTEREÓTIPO, essa coisa que faz a gente ter uma visão pré-concebida e que a industria do consumo soube e sabe tão bem explorar e inculcar em nosssas cabeças.É quando a idéia já foi tão absdorvida que virou imaginário.E qual a relevância disso meu querido projeto de crítico?por acaso vc vai negar que esses simbolos não pertencem ao imaginário dos estilos e classes(!!)em questão?agora não se pode mais ter referências?Não é nada disso. É óbvio e natural que se se associe alguma imagem à alguma idéia, que elementos de uma cultura passem a ser reconhecidos pela força de sua imagem, às vezes pelo choque,pela originalidade e outros zilhões de razões.Quero falar aqui de um comportamento muito comum em nossas vida social quando acabamos deparando ou vivendo uma situação(às vezes até hilária) quando constatamos que forma e conteúdo andam em conflito. Vou citar um exemplo e você me diz se não conhece algo parecido:

Estou em São Luís do Maranhão e toco em uma banda que começou como um tributo a um artista que todos da banda adoram: Bob Marley. Seja pela suas belísssimas melodias,sua postura dentro e fora do palco, sua fé,convicção e seriedade ou por sua prodigiosa banda com uma das melhores cozinhas(baixo-bateria) que a música já deu ao mundo,escolha uma razão.Fomos tocar em um evento dedicado a Marley e antes de subirmos ao palco, foi abordado por uma figura que me perguntou: VOCÊS que são a banda que vão tocar?não parecem uma banda de reggae. Perguntei : Por que? resposta: ninguém tem uma dread. uma trança,tão vestidos todos de jeans e camiseta? que p* de visual é esse pra uma banda de reggae?sinceramente não sabia se eu ria ou chorava da declaração do meu amigo...Quer dizer que se marley não tivesse aquelas dreads perfeitas e não seguisse o "estilo regueiro" ele teria dificuldades de ser aceito ou não tocaria e cantaria o que cantava, e seria menos "regueiro". É nesse ponto que passamos a ter um problema, é quando a forma se torna mais importante que o conteúdo. Reparei também que meu amigo dizia Jah Rastafari! a cada música tocada pela radiola e perguntei a ele o que era o tal do Jah. Ele me disse:
- Tu toca reggae e não sabe quem é Jah?
Eu falei:
-Não, me ensina.
O meu amigo se enrolou, se enrolou, se enrolou e limitou-se a dizer que Jah era... e continuou enrolando.Por fim, já com raiva de mim, safou-se com uma resposta bem reducionista que resolveu um certo constrangimento em que se encontrava:
- Jah é tudo!
Então tá...Não posso culpar o meu amigo. Informação ainda é moeda de alto valor, e, nas maioria das vezes, ainda é propriedade de uma minoria privilegiada, que na maioria das vezes não a usa pra esclarecer. Ao contrário, até a usa para manipular.

Eu, pobre devoto de Marley desde a mais tenra adolescência e consumidor voraz de biografias do deus negro, me perguntei: O que ele faria se soubesse que o próprio Marley, antes de sua morte, encontrava-se abalado pelas estripulias de Haile Selassie (o Rei da Étiópia,o Jah- Rastafari,tido como representante de Deus na terra pelos Rastafaris) que, enquanto a população da Etiópia passava fome, alimentava seus leõezinhos de estimação com carne de primeira? sem contar outras...Não quero aqui, desabonar a fé de ninguém, mas pontuar algo que considero que mereça reflexão, sobretudo considerando que a imagem vendida lá fora é que somos "a Jamaica brasileira".

Em outra situação, fui a um festival de bandas de rock onde um certo vocalista subiu ao palco todo de branco(!!). Abominação! recebeu uma sonora vaia de um punhado de batmen que gritavam: sai daí pai de santo! (rsrsrsr)vaza daí! Sem noção!que p* de rockeiro é esse?e eu que tinha adorado o que considerei uma atitude transgressora do vocalista, não entendi a reação de metade de Gotham City! aliás, SEM NOÇÃO? qual é a noção que há em pleno nordeste, São Luís, quase 40 graus e ver, em pleno meio dia, um menino debaixo de um sol escaldante, todo de preto dos pés à cabeça,suando em bicas em nome do rockn'roll?

Só um reminder: O rock nasceu como uma atitude transgressora tanto no sentido musical como estético,chocando-se com os modelos de canções norte americanas das décadas anteriores à de 50,como as de Gershwin e Cole Porter(conservadoras, porém belíssimas). Eram a grande referência no mainstream na época e quem inspiravam as regras de comportamento. O R&B e o soul , ao se unirem, já haviam preparado o caminho para o rock, mas, a grande mistura que o pariu foi o blues, o country e o jazz. A idéia era ser diferente. Hoje, quando vou num evento desses e vejo todo mundo IGUAL,(parece reunião de motoristas de funerária), fico incomodado. Criou-se a farda rockn’roll(FARDA??!!). Será que eu tô ficando um tiozinho gágá e conservador?Eu deixo a reflexão de que, será que já não tá na hora (ou passou dela!)de rever alguns conceitos? Aliás , você acha que o massacration tá fazendo o que? elogiando?A coisa é tão engraçada que até os ícones do pop descartável se utilizam dos clichês da estética(ou estática!)rockn'roll ad infinitum, quando querem passar uma imagem rebelde e fortel, sem esquecer, inclusive da infaltável distorção(porque roqueiro que é roqueiro tem que usá-la!).Duvida? Então veja essa pérola que separei pra você :
Notou quase todos os clichês do rockn'roll diluídos e formatados lá? roupinha de couro preta, tachinhas, agressividade, sensualidade, cabelos em desalinho,guitarrinhas distorcidas, moto,carinha de mal...Ah, você notou que era... a Britney Priest, oops, digo Spears(!!!) né?reparou o título da música? é isso aí: I LOVE ROCKN'ROLL !E se depois dessa, você ainda acredita que, só usar o "visual rockn'roll" garante algum caráter de rebeldia, você é um sujeito de muita fé!Aliás, alguém aí ainda sabe me dizer o que é esse tal de rockn'roll depois de tantas blasfêmias feitas ao seu santo nome?

E só pra bagunçar os clichês:

- Bob Marley tocando "redemption song" com sua pegada tosca é muito mais, cru e verdadeiro, portanto , mais "rock" do que ALGUMAS 100 bandas de garotos de cabelos liiiiiiindos, imitando Malmsteen, Steve Vai ou John Petrucci. Hair show!

- Talvez a melhor banda de rock "pesado",contemporâneo,(naturalmente, em MINHA Modesta opinião) o Queens Of The Stone Age, cuja liderança está em controle de Josh Homme (foto acima), é uma das maiores usinas de riffs pesados e criativo do mundo, é loiro, olhos azuis, com pinta de galã, é tem cabelo curto!

- Um Dylan da década de 60,com seu violãozinho e seu verbo cortante, pode até produzir um efeito mais devastador do que ALGUMAS 10 bandas com guitarras no talo, arrebentando a caixa de som.

- Um Tim Maia à capela, cantando com aquele vozeirão, pode te acertar um dia com a potência daquele Marshal, daquela grande banda que você gosta.

- Elis Regina cantando "Como nossos pais" ou até mesmo um bolero (sugiro: " me deixas louca") ou "atrás da porta", com a alma na ponta da garganta, ainda pode até ser mais visceral do que Aquele vocalista gritando a 10 cds que o sistema não presta.

- deuses e semi-deuses do olimpo rockn'roll, da mais alta confiabilidade e com grande contribuição para a originalidade e dinâmica do edifício rockn'roll, como David Bowie ou Brian Ferry sempre se vestiram como quizeram, desprezando o que o rock fashion da época ditava ou dita, não importando se era a ditadura da boca-de-sino do flower-power, ou do xadrez e da flanela do grunge.Ou você tem coragem de dizer que esse elegantíssimo senhor de colete na foto não é relevante pro rock?

- Você diria que esse lorde aí na foto não é um filófofo porque não parece com o prótótipo pré-estabelecido pelo imaginário coletivo? Pois é, ele é Jean Paul Sartre que deixou para o mundo, obras do porte de "o ser e o nada" e "critica da razão dialética" e é um dos maiores filósofos de nossa sociedade contemporânea.

E antes que me interpretem erradamente:Não. EU NÃO ESTOU FALANDO de você que adora a sua banda e quer estampá-la no seu peito. EU NÃO ESTOU FALANDO de você que gosta de se vestir de preto por se identificar com a cor, ou por simplesmente gostar . EU NÃO ESTOU FALANDO de você que gosta de ter seu cabelo grande porque gosta e pronto! Aliás , esse junkie careta que vos fala, usou cabelo grande por 10 anos(!!!) até o dia que se olhou no espelho e disse: esse seu visual está cansado,não te traduz mais. Enjoei daquela aparência,cortei.

TÔ FALANDO DO LADO RUIM DA LARANJA.Eu estou falando da distorção(DISTORTION!), da incapacidade de diferenciar, de ser engolido pela forma em detrimento do conteúdo,de virar uma caricatura anti-social porque alguma publicação, ídolo, estação de TV, te plantou essa ideologia e essa estética e você não percebeu que está sendo manipulado. Tenha o visual que você queira, ouça a música que você queira, pense o que você queira, mas, saiba PORQUÊ, pra não ser vítima da indústria midiática, pra não ser fantoche na mão dos comandantes do mainstream . Não se iluda, that's ALSO business man!. TAMBÉM é negócio cara!ou você acha que os Beatles teriam sido os Beatles sem a ajuda de Brian Epstein?(seu produtor)ou Marley teria o impacto que teve no cenario musical não fosse o brilhante trabalho de marketing de Chris Blackwell, apresentando os Wailers com uma áurea "rock"(tô cansado de dizer isso...)com aquela capa de "Catch a fire", e principalmente, na maravilha que era a capa de " Burnin' " na Inglaterrra,com as letras no encarte pra que se pudesse ver a sua consistência política e poética? Não fosse por isso,eles seriam reduzidos a mais um produto exótico terceiro-mundista, diluído no rótulo burro chamado world-music, que é quando por preguiça de pensar, os gringos colocam tudo na mesma sacola.

Pra terminar,m eu amigo Eduardo Patrício, ex-baterista da melhor banda que já apareceu por aqui(mais uma vez em MINHA opinião) a super anti-clichê CATARINA MINA , me lembrou na postagem anterior a essa em seu comentário, de uma construção de Zeca Baleiro(inteligentíssimo, sempre), em que numa determinada canção cita: /Mais bobo que banda de rock/. Lembro que quando ouvi pela primeira vez esse verso cantado por Zeca, meu coraçãozinho rockn'roll tremeu... Mas quer saber, ele tá certo. Se for olhar direito pro universo Pop/Rock, Ele tá falando daquela banda que por distorcer o som e falar palavrão, acha que é o inimigo numero 1 do sistema, ou daquela outra que por causa da franjinha e da maquigem, se acham a última jujuba do saco com aquele ar de tédio eterno, ou aquela cara de "foda-se o sistema!" e não diz nada em suas letras, não toca nada, ou NÃO FAZ NADA para mudá-lo. O Baleiro tá certo. Ele não deve ter ouvido o Ok Computer do Radiohead ainda, ou o primeiro dos Mutantes, ou não gosta.E daí se não gostar?quem foi que disse que todos tem que gostar da mesma coisa?

Em suma:

Não deixe de ir pro seu show porque a sua camisa preta tá suja,vá com a ROSA se quizer(vai perder uma noite divertida por causa da p* de uma camisa?).

Não deixe de ir curtir a sua radiola naquele bar, porque sua camisa de cores jamaicanas ainda tá molhada, ou a sua saia rodada ainda não enxugou, ou a sua sandália baixa partiu a tira. Vá como queira, como possa.

Só tem o seu Versace no guarda-roupa agora e você quer ir pro congresso de filosofia? Vá. Lembre de Sartre que estava sempre impecável, clássico e deixou a sua marca na humanidade.

Ah, só restou aquela camisa do atacadão Itarec que você comprou? No problem. Vá. Se não, fique em casa, lendo aquele livro incrível, ouvindo aquele som que te transporta.Tá chovendo mesmo.

Pensar, tocar, criar, não precisa de amarras. Gente não é remédio pra ter rótulo. Estilo musical não é empresa pra ter farda. Coloque a cama na varanda quando todos praguejarem contra o frio(Raul!), só pra variar. Aliás, siga o conselho do mestre Raul, dê uma variada. Destribalize. Vá na rave daquele seu amigo, não vire um fundamentalista, um xiita. Vai lhe fazer muito bem. Vá de terno pra praia se quizer(não recomendaria,tá um calor infernal esses dias, mas, se você tá afim...)Quer ouvir ABBA depois do Pantera?(rsrsrs), no problem. Depois do Dream Theater , você quer ouvir aquela banda que toca mal pra caramba, mas que te capturou? vai fundo. Recomendo o Arctic Monkeys, ou o White Stripes. Gosta de disco music mais tá com medo do que o pessoal vai pensar?relaxa cara, você tá muito tenso...Fred mercury era gay, Bowie e Molko são Bi, o Flamengo é penta e Serguey é Pan!(rsrsrsr) tu não te garante não rapá?(rsrsrsrsr). Deixa de ser preconceituoso. Forget your troubles and dance! já dizia Marley. Relaxa... você tá levando esse negócio muito a sério.
__________________________________________________

36 comments:

Anonymous said...

Cara,tu és o único cara que,mesmo escrevendo um texto tão grande consegue me prender na frente da tela.Maravilhoso texto.Concordo em gênero, número e grau.Diria que isso piora um pouco quando se mora numa ilha tão provinciana.
Abs e até sábado.

Renan

Anonymous said...

Parabéns pela pesquisa e pela coragem de falar algumas coisas. você é uma biblioteca musical ambulante.Baixei"atrás da porta" com Elis e fiquei impressionado com a interpretação. Valeu a dica. quero mais textos do junkie careta. Já consegui o e-book do Cummings que te prometi.
Vlw
Jonilson

Anonymous said...

Por acaso eu não conheço esse cara que tocou de branco em um festival aí, sr. junkie careta?huahuahua. ele por acaso não tava do meu lado antes de subir no palco?huahuahua.
mandou mto bem.
Lucio

Unknown said...

Muito bom, Nivandro. Concordo plenamente.
Engraçado que a gente critica agora mas a maioria dos roqueiros já passou por essa fase. Eu já passei e mesmo assim critico! Sempre é tempo para abrir os olhos. Primeiro, eu comecei escutando Spice Girls e Oasis (hã?). Depois via Raul Gil e escutava pagode (12 anos). Aí ia pro tropical de salto alto dançar pagode com minhas amigas. Rs... coisa de criança.
Depois veio a fase rock, metal... pulseiras de tachinhas, o all star obrigatório, a roupa preta... enfim... eu tava tentando, erroneamente, encaixar-me.
Demorou mas descobri o que realmente gosto. E hoje em dia me visto do jeito que der na cabeça.

Vida eterna à Marley!

Anonymous said...

Caralho!
Como é que tu consegue tanta informação assim?passa o dia na frente do micro, é?
Muito bom cara. Concordo principalmente com a lembrança do Catarina Mina. Fui a vários shows e a banda era muito boa mesmo.
Até mais

Eglisson

bruno azevêdo said...

cara, eu acho um assunto pertinente, mas não concordo que a relação mídia/público seja assim tão unilateral. a coisa é mais orgânica e não creio mesmo nos supervilões da idústria cultural. é a lógica da coca cola.
chê guevara tem uma banda de rock. todo show tem gente com camiseta da banda dele!
minha vira agora é cool, meu passado é que foi trash.

Anonymous said...

Adorei a ironia do "Britney Priest!" Sensacional o vídeo da Britney! puro rockn'roll cara! que atitude!huahuahuahuahuahuahuaua.Só não conheço o Serguey que tu falou. vou procurar saber.tu tem muita coragem hein?não tem medo de apanhar da galera heavy? Só não conheço o Serguey que tu falou. vou procurar saber.pode crer,o catarina era muito bom mesmo cara. baixista era muito doido.uma vez assisti um show deles do lado da fábrica que o cara tava completamente bêbado!quase não se segurava em pé!mas mesmo assim foi legal. gostei mesmo do blog.vai lá no meu.
flw
Marconi

Anonymous said...

tu é um cantor MEDIÓCRE. um compositor de MERDA. um critico de BOSTA. enfim, tu é um completo idiota que se acha.

Olívia Michele said...

"...Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto, mau gosto
é que Narciso acha feio o que não é espelho
e a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
nada do que não era antes quando não somos mutantes..."

Caríssimo Nivandro,
Impossível não lembrar desse trecho de Sampa quando li o seu texto! A única conclusão que cheguei foi que todos nós somos, no fundo no fundo, índios: precisamos de nossa tribo e tudo que é diferente nós atrai e nos repele. A mente aberta ou fechada das pessoas é o grande diferencial. É preciso entender que "das coisas nascem as coisas"!(risos) e que a miscigenação musical é possível.
Eu também ando me perguntado hoje sobre a minha fase da rebeldia jovem, mas aprimoramento musical pra alguns só chega com algum tempo e pra outros não chega nunca!!
A música, a arte, o cinema, a moda tudo está impregnado de clichês. Nós queremos mesmo é ser diferentes na nossa igualdade. É totalmente da natureza do ser humano.
Outra coisa que eu lembrei, foi uma das maiores discussões que se tem ao tratar de arquitetura: "a forma segue a função ou a função segue a forma"? Resposta que até hoje eu não sei. Na minha humilde opinião, e isso vale pra qualquer um dos nossos assuntos, nos dois casos sempre haverá alguém feliz, ou não!(como diria caetano!)

Anonymous said...

Forget your troubles and dance!
Tenho adotado isso na Radioteca...

Town, só acho uma coisa....

Concordo com as quebras do clichês estéticos (rocker preto, reggae vermelho with dreads, etc...), mas também tem aquele que GOSTA de ser assim.

Se desprender dos ídolos pra mim é um passo à frente, não tenho dúvida disso. Matá-los, não.

Amo OZZY. Não ando mais de preto ao meio dia. Mas não quer dizer que não o possa fazê-lo, concordas?

Afinal, gosto é como... todo mundo tem o seu.... Beijo

Ótimo texto, again.

D said...

Concordo com um dos teus comentaristas anônimos quando disse sobre o tamanho do post, acho q proporcional ao interesse que causou. muito bom!

Eu sempre tive horror a rótulos, modas, tribos ou qualquer coisa que te faça deixar de existir "uno " em troca de um nomezinho q pode até não fazer sentido algum.
Nós somos tanta coisa, pra que escolher limites?

Anonymous said...

Show cara.esclarecedor. quantas vezes saio em são luís e vejo esse tipo de comportamento em shows, bares, etc... as vezes vou no trapiche e fico impressionado com um povo que anda fantasiado de alternativo,e na semana vejo nos corredores do ceuma, em grupinhos que jamais incluem pessoas como aquelas mencionadas nas letras dos reggaes que eles dançam no fim de semana.hipocrisia e alienação total.adorei a menção ao QOSA.você é o cara da radioteca? a Verena me indicou teu blog. Vou visitar sempre.Parabéns pelo texto
Thais

Anonymous said...

Nivando, eu vejo a relação imagem X estilo musical como uma estratégia do tipo embalagem X produto, na qual um É pelo outro, ESTÁ para o outro e NÃO se dissociará do outro.
Na verdade, os fãs de Janis Joplin e Bob Marley que me perdoem, mas Rock e Reagge já é POP há muito tempo.

Anonymous said...

Como é que um cara que se diz "critico musical" pode achar que alguém que ouça DREAM THEATER", que é uma banda de verdade, com músicos brilhantes,pode vir a ouvir ABBA, que é uma bandinha de boiola?te revelou agora.
FUCK!

Anonymous said...

the closer i get 2 u, the more i admire u.
i'm back.
Verena

Anonymous said...

Nivandro, valeu pelo re-comentário (hehehe), mas não me contive e vim postar aqui de novo.
Eu sei que é desnecessário dizer isso porque i kow you don't give a god damn shit, mas esse "anonimo" deve ser uma pessoa muito infeliz. E, como você bem deve saber, pessoas infelizes são desagravéis.
Vai ouvir teu CPM 22, vai, senhor covarde.

Anonymous said...

Parabéns pro rodolfo que foi muito lúcido da colocação quando disse que o rock e o reggae já são pop a mto tempo.Por HAIR SHOW que me fez rir mto, por ter me mostrado Elis cantando atrás da porta(mto linda!)mas principalmente por ter me feito conhecer o brian ferry e o roxy music(vc podia falar deles um dia aqui), já valeu o post pra mim. nesse mundinho superficial e apressado da net o teu blog é um oásis. parabéns!
virginia(do sarau)

Anonymous said...

pois eu digo que o tal do david bowie é uma bichinha dance.aliás, pelas bandas que tu falou tipo abba,o viadinho do placebo,já dá pra saber bem dos teus gostos.no mínimo tu e uma bichinha encubada.não tem capacidade de pra falar, então não fica falando besteira. METAL NA TUA CABEÇA MANÉ!

cecilia said...

Muito bom o texto, enquanto lia tava lembrando q toda vez que saio p balada e vejo essa galera à caráter acho realmente engraçado, pode parecer besteira mas sempre dou uma risada pq parece q as pessoas não têm identidade própria e saem fantasiadas, acho mesmo que gostar de alguma coisa, um estilo musical, ñ quer dizer necessariamente que você deva "se montar" (expressão usada pelas bixinhas ao se produzirem) para poder divulgar p todo mundo que é safo no assunto, realmente embalagem ñ ficou p gente, a ñ ser que você esteja no clima em determinado dia, mas o tempo todo...acho estranho, por outro lado, ñ dizem por aí que cada qual com seu cada qual!?! Também, vamos é movimentar a vida e ter assunto p discutir, atitudes p concordar e discordar, isso é que é legal!!!!
Cecília

Anonymous said...

Grande Nivandro,

Desculpa só está lendo agora o seu post, tava com alguns probleminhas. Adorei o seu post, a parte do jah é inacreditavel, boa parte dos argumentos abordados ja tinha escutado de você pessoalmente, adorei a inssistência, e adorei ter falado da distorção. Continue assim!

atenciosamente seu eterno fã,

David Abreu.

Anonymous said...

Ei junkie careta!!!!!!!!!!!!!!
Vi o serguey ontem no programa do Jô.Que figuraça!!!! o que é aquilo?parece um cruzamento de Mick Jagger,Steve Tyler e um dinossauro!huahauhauhauhauhauha.Muito carismático! agora entendo.

Marconi

Unknown said...

Querido "Jankiecareta", como sempre você chega polemizando tudoo! = )
Concordo com tudo que tu abordou, não abro mão de uma vírgula... acho que tu esqueceu de mencionar os grandes "roqueiros" de botique. Aqueles que vão na Colcci ou Cavaleira, compram tudo preto e se acham os "do mal!" (cheguei a ver isso no show do Massacration).

[Qual o problema de ouvir ABBA e Dream Theater (em sequencia)? EU FAÇO ISSO!]

Junkie, vou ficando por aqui e espero poder voltar mais vezes. Tu sabes que te admiro muito como pessoa e como músico... se metade das bandas de São Luís te tirarem como molde, o negocio anda bonitoo!
Grandeeee abraço e sucessso!

PS.: quando tu atualizar, manda o link pra mim, oquei?
PS2.: Aquele cidadão que cantou de branco no festival é um loucooo, como se pode aparecer de branco em um show de rock? Oo

Paulo Moreno said...

Dei muita risada com a "reunião de motorista de funerária", aliás o rock do MA está mesmo mais para reuniões fúnebres do que alguma coisa mais leve e alegre, com raras e honrosas exceções. A culpa? De todos que não abrem mão do seus 'pré-conceitos', e de sua "rebeldia" vã e burra. Não vejo tesão nessa "juventude que vai sempre, sempre, matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem”, e completando a desgraça, ”se eles forem em política como são em estética , então estaremos feitos!”. Ou melhor, já estamos!!

Anonymous said...

Só pra citar um comentário feito sobre o seu texto. A visão do otário que chamou "vc de bichinha incubada" resume o pensamento tosco, pequeno e primário da maioria dos caras que se dizem roqueiros nessa terra que venera o atraso, o poder tacanha, a prostituição mental, e que destila a inveja como moeda corrente. Enquanto pseudos metaleiros (porque quem curte metal de verdade sabe respeitar outras tendências)perpetuarem esse discursinho ralo, preconceituoso (criminoso até) e sem nenhuma consistência estaremos sempre lutando contra os vírus letal do bom-senso e da democracia, e aí fica difícil acreditar que um dia o nosso rock'n'roll terá alguma visibilidade para além do estreito dos mosquitos.

Anonymous said...

não aceito um babaca que não toca nenhum instrumento falar de música.só pode falar quem sabe tocar,ai tu tem condição de avaliar o que é um dream teather,um pantera,um petrucci. melhor ficar nessa tua viagem de filosofia e com tuas bandinhas pop e deixar musica pra quem entende.

Anonymous said...

São comentários como esses últimos anônimos que justificam a tua critica junkie careta.Quanta burrice.Excelente texto.Parabéns pela qualidade e capacidade de prender o leitor apesar do texto extenso.Me avisa sempre dos novos textos.

Félix

Anonymous said...

Acho que tu não deveria debochar das pessoas que gostam de reggae e do que ele significa.
Só isso.

X

Anonymous said...

Em nenhum momento o autor do texto debocha de quem gosta do reggae. Não sei da onde tiraste essa falsa impressão, junkie careta é apaixonado por reggae. Só que ele ao contrário de muitos no Maranhão não precisa se travestir de nada para curti o seu reggae, as pessoas precisam abrir suas mentes e fugirem radicalmente dos esteriótipos. Essa é a grande mensagem do texto de Nivandro. E pra quem disse que o cara não entende de música um aviso: Como alguém que não toca poderia compor, e compor bem! Pessoal vamos acordar, mané é quem só dabe criticar e não faz nada pra sair do lugar em sua vidinha de riponga sustentado por papai e mamãe! Se liga!

Anonymous said...

Não é porque é meu amigo não,mas,dizer que o cara não entende de música é no mínimo falta de leitura!é bom que ainda haja pessoas que tragam polêmicas pra sacudir esse cheiro de mofo que às vezes S.Luís exala.
Adorei o texto nivandro.Parabéns cara!
Leonardo

Unknown said...

tu sabes q eu sempre fui meio consevador em relaçao a mudanças,tanto musical, qt filosofica,a musical em teu comentario possui variaçoes tribais
lembra dq nós tinhamos nossos 17, 18, 19..., anos o comportamento nosso era meio under gr.., e a filosofia nós sequiamos uma de idolatria a nietzsche, mesmo sem saber o qt poderia fazer diferença comportamental, pois é amigo li seus comentarios e viajei bastante e vejo que vc mantem uma linha pós moderna e hoje vejo que isso é bom, e independente da tribo no fundo sempre faremos parte de alguma ideologia e seremos sempre acorrentados pelo nosso gosto proprio, amei seu texto em todos as correntes, porem eu nunka consequirei andar com uma estampa de uma calcinha preta da vida, sera que sou provinciano de minha radicalidade ou um fruto imaturo do pós moderno na linguagem urbana?

Pablo Neves said...

ahuhauauha....concordo plenamente!!!
obrigado pelos elogios no meu blog!!!
parabéns!!

Anonymous said...

Jovem Junkie
A coisa do estereótipo é complexa mesmo.
Parabéns pela brilhante explanação
A sua alma artista convergente lindamente para o ponto

Sucesso

Tatiani said...

Nossa Senhora!!! \o/
Adoro Rock, e pra ser bem franca... sou fã de quase todas as bandas que estão por aqui.

E não sei... mas Rock com certeza faz parte da minha história.
;)

Caroline mello said...

Cara, adorei o pensamento. Vc é demais, fala aquilo que deve ser falado, porém, que é visto por poucos.
Parabens.

Anonymous said...

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Anonymous said...

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