Thursday, January 03, 2008

QUEM É ESSE TAL DE POP?




Estava eu numa certa locadora de cds e dvd's garimpando alguma gema, quando, de repente, ouvi um curioso diálogo. Era mais ou menos assim:

- Pô cara, até gostei deles no começo, no primeiro cd, mas aí eles viraram pop, se venderam.

Fiquei curioso para saber de quem o rocker falava, mas, dando de cara com o duplo do Blondie, lembrei que tinha que cuidar da minha própria vida. Aproximando-me pra pagar, meu desconhecido e trincheirista amigo continuava:

- Pô, outro dia, zapeando na tv a cabo, ouvi o som deles num desfile de moda! Que porra de banda de rock é essa que é fundo musical de desfile de moda?

Eu, que tenho banda e adoraria ver e ouvir minha música num desfile, sem nenhuma culpa pensei: uh huh! Viva o fundamentalismo rock! Viva o limo! Lembrei do velho
Nietzsche falando sobre o acúmulo da poeira, o montão da mesmice. Que venham os ventos que sacudam essa podridão bichosa! Aliás, abaixo o fluxo da vida, que é dinâmico!Argh! Aproveitando o embalo, vou até sugerir que defensores da moral, idoneidade e pureza do rock criem um partido. Recomendo inclusive, a criação do: Fundamentalistas Unidos Dedicados à Essência Única, o F.U.D.E.U. Sugiro ainda que eles estendam essa postura purista para todos os setores de sua vida, por exemplo, na sexual, que eles passem a transar em uma posição só, no máximo duas, porque esse negócio de experimentar, de mudar, de variar, é mesmo um absurdo. Pobres namoradas...

Ai vem os clássicos chavões, certamente você já ouviu um desses:

- Pô, o repertório dele tá muito pop.

- Essa bandinha é pop.

- Pop é o caralho! Rockn’roll na cabeça desses otários! (ai meu fígado! Logo o rock, a coisa mais “pop” do mundo).

Ou alguns autoproclamados artistas ou banda que se dizem “o pesadelo do Pop”. (que meda!).

Enfim:

Primeiro tem-se que perguntar: de que conceito de POP você está falando? Porque o termo POP sugere muitas concepções e sua definição não é nada fácil. Vamos aqui centrar em três dos mais conhecidos e definidos conceitos de POP.

Vamos à primeira:

Você está falando daquela proposta ensaiada nos anos 60 por várias bandas e/ou artistas solo e definitivamente formatada pelos fab four?(sempre eles...) porquê antes deles era assim: rock pra um lado, funk para outro, folk para um lado, música clássica para outro. Aí chegaram os 4 rapazes de Liverpool e disseram: que besteira é essa? Vamos colocar o que quisermos junto. E aí nasceu um dos conceitos mais agregadores da música contemporânea: A musica POP. Nela era possível pegar o que todos esses estilos tinham de melhor, juntá-los e criar algo único. O formato era "popular", (estrofe I+ bridge + refrão+ estrofe II+ refrão, nem sempre nessa ordem, mas normalmente obedecendo a esse formato). Tava formatada a fórmula, só que com mais um desafio: era importante que o poder de síntese fosse muito grande, fizesse a mágica acontecer em 3 minutos. Era pra ser assim, sintético, avassalador, mortal, contar a história toda nesse tempo.


Não, eu não estou dizendo que os Beatles criaram a fórmula sozinhos, só estou dizendo que com eles ela foi para as grandes massas (era pra ser popular, lembra?) e com Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, foi alçada a categoria de arte, respeitada, banhando-se de todos os elementos da cultura da época (o conceito gregário permitia isso). Aí, emulando Bob Dylan, The Velvet Underground, The Byrds novas temáticas entraram no imaginário musical popular. Vou parar por aqui porquê senão vou acabar falando só sobre eles, o que, aliás, seria absolutamente justo.


Agora se você entende a música pop como a MÚSICA DE MERCADO... Música TAMBÉM É UM PRODUTO, é um produto intelectual, mas é um produto, e não há mal nenhum que seja, ou demérito, ou você acredita que os caras que entram na música não gostariam de ganhar bem, viver dignamente do que produzem, ou serem milionários?Poucos tiveram a honestidade de um Frank Zappa ao declarar irônica e abertamente "In it for the money" (nessa, pala grana), coisa que o ótimo Supergrass fez muito anos depois. É aqui que começa a confusão. É que mesmo se encaixando no primeiro conceito mencionado, o POP também tem esse viés (e que outro estilo não o tem?). A industria pop faz ídolos a granel, para vender como vende uma mercadoria. Se um produtor vai pegar o Interpol. , que é uma banda com uma muito bem cuidada identidade visual, ou o Franz Ferdinand, que também possui a mesma característica, e cria uma estratégia para vender a imagem da banda para que o som chegue a um publico maior, não há nenhum mal nisso, o que é reprovável, é quando se vende uma imagem que não existe, sem consistência conceitual, falsa. Eles pegam todos os clichês do imaginário que se tem de todos os estilos e embrulham num pacote e vendem, normalmente, para adolescentes sem muita capacidade crítica ainda (apesar do excesso de informação disponível), buscando modelos de identidade para se espelhar. São caras que se sentam ao redor de uma mesa com marketeiros, e fazem sondagem do que o consumidor alvo irá ouvir no próximo verão, criando a próxima moda da estação, escolhem as roupas, os compositores. Estão aí as boys/girls band até hoje infernizando nossos ouvidos e olhos com suas músicas e suas coreografias pra não me deixar mentir, ou as novas bandas de forró com seus nomes compostos, distorcendo o legado deixado por Luís Gonzaga e Jackson do Pandeiro, ou a alegria profissional do axé music com sua felicidade fake enlatada e suas coreografias robóticas. Há exceções? Deve ter. Não sou o dono da verdade, essa é só a MINHA OPINIÃO. Quando a música é tratada assim SOMENTE COMO PRODUTO, perde o seu caráter de arte (lembra?é arte também!ou não?)

Há ainda uma terceira vertente muito curiosa. È a que afirma que pop é SOMENTE música sem conteúdo, porque o conteúdo mesmo está no Underground. A arte de verdade só é possível nos porões, longe das grandes massas que são controladas pelo sistema (argh! O sistema!). É uma teoria muito comum no meio rock e que se coloca como resposta (normalmente testeronada), como alternativa de combate ao “capitalista” pop. Como se pop fosse uma coisa pejorativa e o rock sim, fosse a coisa séria, anticomercial, "alternativa". Francamente! Os Rolling Stones lucraram, 300 milhões de dólares em sua última turnê, Kurt Cobain era um milionário, o egocêntrico Sting e o excepcional The Police, embolsarão ao final da turnê da volta, 20 milhões de dólares, cada um. Os grandes ídolos do Panteón Rockn'roll vivem vidas suntuosas e os caras ainda me vem com esse discurso! É ser ingênuo demais, ou desinformado! Quantos porões underground esse junkie careta que vos fala já foi e ouviu o clichê do clichê, a sub-merda do estereótipo, que por estarem nos porões não lhes davam mais talento do que realmente tinham. Submundo não dá talento pra ninguém, nem mansão, nem refletor e mídia. Sinceramente, não largaria de ir pra um mega show do Justin Timberlake, da Nelly Furtado ou do Timbaland em nome de uma ideologia equivocada de louvor às sombras. Porra, underground é nome de boate, de grife, de loja e ainda me aparece alguém com esse discurso! Quero ir ao um BOM SHOW, ver um ARTISTA/BANDA TALENTOSO(A). Se vai estar em um buraco ou num mega palco de uma bem estruturada e famosa casa, não me importa.

Há uma outra teoria muito parecida com essa, também niilista, aparentemente diferente, mas de igual teor, são os defensores da nossa “verdadeira música” : a MPB (Dãn!) sob a justificativa militante, patriótica e acadêmica, do pop (qual?) ser muito “vazio”, “sem conteúdo” muito “americano”, (ainda vou escrever sobre isso...). Ás vezes, parecem exegetas que pararam no tempo, com esse rótulo redundante, excludista e burguês chamado de MPB. Porque o certo mesmo é a poesia! (perdoai são Rimbaud...). Nesse caso, quanto mais falar das relações com o ser amado em toda a sua profundidade, melhor, de preferência de forma contemplativa, ou então com um certo ar Nerudiano (e ainda usam o santo nome de Neruda em vão...). E tome coisas do tipo: teu corpo, teu cheiro, teu gosto...e musas ideiais, perfeitas. Eles ainda tem a falta de cultura e curiosidade pelo novo de ousarem achar que tudo que é pop é ruim, ou pior é comercial (argh!!!!), porque eles adoram esse discurso! Como se as divindades do Olimpo Mpbista, não fossem um produto também .É muito importante, nesse contexto, conhecer Neruda, Maiakovski, Leminski, Pessoa, para ganhar esse verniz de “intelectual” que eles tanto apreciam. Não que não seja importante conhecer as obras desses autores. Só duvido que João do Vale, que era analfabeto e mais gênio que uma pá dos habitantes do Olimpo, conhecia algum deles. Não lembro de nenhuma citação dele em nenhuma de suas músicas, no entanto, ele produziu uma das obras mais consistentes do Brasil até hoje. Não, a culpa não é da grandiosa obra desses autores por tal heresia de concepção. É dos Mpbistas.

E os benditos tributos? E tome tributo a Chico (sempre...) a João Bosco, a Tom Jobim. Será que tem alguém que ainda duvida da genialidade desses caras e toda a valiosíssima contribuição que eles deram para a música? Creio que não. Mas, porra, será que não há além deles, nenhum artista contemporâneo digno de homenagem? Porque sempre os mesmos? E os bons e relevantes trabalhos que vem fazendo Moska, Lenine, Baleiro? Por que não se toca Sergio Sampaio, Simonal, Tim Maia, Cassiano, Mutantes nos bares? Medo de arriscar? É mais confortável não correr riscos, né? O dono do bar pode não gostar? Vai vender pouca cerveja?

Proponho um TRIBUTO AO NOVO uma vez por mês, só pra exercitar a curiosidade, a instigar, provocar, conhecer coisas novas, informar, discutir. Porque onde não se discute, onde todo mundo pensa a mesma coisa, fala a mesma coisa, ouve a mesma coisa, cristaliza-se a preguiça, a inércia, envelhece-se, as pessoas ficam chatas e monotemáticas, tem-se a mesma opinião formada sobre tudo, citando aquele sábio Bahiano do tempo que a Bahia ainda tinha a capacidade de se rebelar e quase tudo não terminava em coreografia.

Quantos shows de MPB eu já fui em que presenciei, tanto na mira dos grandes holofotes, nos ginásios, estádios, como no “underground”, cheios de um cabecismo intransponível e inacessível.(aliás, underground não, porque é palavra americana e eles não gostam...).E quantos novos trabalhos (novos?) com o mesmo tema, o mesmo timbre, a mesma batida (mais do mesmo), na zona de conforto da mesmice, que só por se dizerem defensores da “verdadeira música brasileira” acham que justificam sua preguiça intelectual, sua apatia criativa e acabam virando produto exótico pra gringo ver (logo eles, que tanto condenam o imperialismo americano!! Quanta incoerência, quanta INSENSATEZ...) Depois terminam suas carreiras apresentando-se gloriosamente no... CARNEGIE HALL! (no words...).

Pra esses, a fim de manter intacta a pureza da “nossa autêntica música”, sugiro a criação do partido co-irmão do F.U.D.E.U. A sua versão bossa nova. Refiro-me ao partido: Juntos Avante! Movimento Organizador Reestruturador Revolucionário Emancipador Único, o J.A. M.O.R.R.E.U.
Mas, não tem problema, a música Popular Brasileira é muito maior e melhor do que a MPB, se é que me entendem...

Uma última nota: procure se lembrar de uma outra característica da música POP: ela tem apelo popular, e se você entende isso, vai derrubar muitas barreiras.Quer saber, nesse sentido, pra desespero dos fundamentalistas musicais, a banda Calypso é tão pop quanto Los Hermanos! Ou vai dizer que eles não eram ou ainda não são? É muito engraçado o axioma que se escancara nesse tipo de raciocínio, é assim: ser popular é ser ruim, porque pra eles, bom mesmo é aquela banda que pouca gente conhece, porque se romper isso já perde o glamour de "para poucos". Ou seja meu amigo, quebre o seus discos do Smiths, do Gang of Four e Velvet Underground (Beatles então... é heresia!) que já são muito populares.Destrua os do Walter Franco, e o Tim Maia da fase Racional, mas, principalmente, incendeie o dos Mutantes (ou o que restou deles...) que já fizeram até excursão na América do Norte!

Aí, eu que não sou músico, me pego perguntando:
- Bethoven com sua repetições(característica constante na fórmula pop) da 9ª sinfonia, não poderia facilmente ser considerado um compositor pop? Aliás, a música clássica já não foi a música popular um dia? Ou você acha que o mundo já nasceu com a Mtv, o Myspace e Youtube e Mozart disputava espaço na preferência popular com a tataravó da Beyoncé ou da Rihanna?

- O Trash Metal, o Jazz, o Reggae, possuem um público amplo de apreciadores, não podem ser, portanto, considerados POPS? O mesmo valendo para a bossa nova?

Sim eu sei, a música pop pode ser às vezes óbvia, repetitiva, presa a fórmulas, limitada, sem originalidade, banal, mas quer saber? Metade da música dita ”underground”, “rock” ou “verdadeiramente brasileira” também pode ser acusada de exatamente a mesma coisa. Talvez seja hora pra dar uma revisada em alguns atavismos, algumas idéias, abrir a cabeça e se permitir mais, ter uma postura mais contemporânea, menos conservadora frente à arte.Não tô falando em se nivelar por baixo não.Tô falando que se alguns se permitissem mais, tivessem mais curiosidade, mais informação, não construiriam esses pré-conceitos (com hífen mesmo), e principalmente, teriam mais propriedade para falar sobre o que conhecem.Talvez novos horizontes se abrissem, novas formas de enxergar o mundo e dialogar com ele. É melhor do que, mais uma vez, citando aquele certo louco sábio, ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Talvez passassem a respeitar e reconhecer que também existem grandes artistas POPS que também são realmente bons. Como disse o jornalista carioca Arthur Dapieve: “são artesãos altamente qualificados”. Inclua aí: Paul McCartney, Brian Wilson, Johnny Mar e Morryssey, Madonna , para citar alguns artesãos estrangeiros. Por falar nela, você certamente já ouviu algum comentariozinho infeliz do tipo:

- Madona? Isso é música pra viados!

Além de revelar preconceito, que por si só já é ridículo e anacrônico, a frase revela o muro de Berlim que algumas cabeças insistem em manter erguidas. Madonna, legitima camaleônica da família de outro grande artesão,(Mr David Bowie) há anos, especializou-se em fazer um POP maiúsculo com a maior competência possível, produzindo música de alta qualidade, sempre muito antenada com a produção musical contemporânea e entra na terceira década, imprimindo a marca de seu talento à revelia de puristas, moderninhos, indies, fundamentalistas musicais e outras facções. Outros discípulos, seguem dando exemplo de competência a despeito do olhar de desdém dos críticos mais radicais. Justin Timberlake, por exemplo, apesar do estigma da ex-boys band, segue surpreendendo com seu pop radiofônico com pé no R&B. Aliás, sobre isso, parece que depois da metade da primeira década passar emulando o divertido pós-punk, parece que nessa segunda metade o caminho é beber no soul, no funk. É back to black “, como diz a Rêbordosa, pinguça assumida e versão de saias de Pete Doherty , a boa Amy Winehouse. Pops até o talo, eles nem por isso, são menos competentes que uma igreja de saudosistas que não dialoga com o passado pra olhar pra frente. São viúvas do passado em eterna lamúria, inimigos do hoje, rejeitam o agora. Viúvas eternas de Roger Waters, viúvas de Page, viúvas de Axl Rose, viúvas de Coverdale, viúvas de Malmsteen, viúvas de Renato Russo, viúvas de Chico Buarque, que ao contrário de todos eles, continua comendo Deus e o mundo!

Não, eu não deplorando a obra destes artistas e nem negando sua representatividade para o universo musical. Embora não me identifique ou admire o trabalho de alguns, reconheço sua representatividade para o desenvolvimento de seus estilos.

Por aqui, em Terra Brasílis, a carpintaria fica por conta de: Lulu Santos, Renato Russo, Arnaldo Batista, João Daniel Ulhoa (o John do Pato Fu), só para citar alguns excelentes Marceneiros.


Longe de mim, querer encerrar o assunto, ou ter a pretensão de achar que o que eu penso é que é o correto. Isso é SOMENTE A MINHA OPINIÃO, fruto de pesquisas, preferências estéticas, vivências, às vezes meras relações sentimentais com a música, como qualquer mortal anônimo que sou. É que eu tô mais interessado na mágica. Se vem dos dedos de um Petrucci ou de um Pat Metheny com suas maravilhosas técnicas, das mãos de um de garoto de 17 anos que só sabe 4 acordes, não tô nem aí. Cada um tem o Harry Potter que lhe apetece, ou vários, ou prefere o David Copperfield. Mas, o toque que dou é: certifique-se que tipo de Pop você está falando, contextualize pra não correr o risco de colocar tudo numa mesma sacola e sair falando por aí, coisas sem fundamentação, lembre-se do outro sábio, o velho e bom bardo canadense Neil Young (novinho até hoje...) que há quase 40 anos atrás já dava o toque: rust never sleeps.

É isso aí cara. a ferrugem não dorme.

56 comments:

Anonymous said...

Muito feliz no seu artigo garoto, apesar de ter mexido em vespeiro.Bom.

Anonymous said...

de onde é q tu tira tnta arrogância? qm é tu p falar d mamlmsteen?petrucci?roger waters?tu pelo menos sabe quem são esses kras?tu realmente te acha o grande crítico d merda do maranhão né? e qm é q tá interessado nesse côcô q tu escreve?tu diz q n é músico,então pq fala de musicos?o q tu quer saber de musik se tu n toca nenhum instrumento?te toca kra

Anonymous said...

Fala aí, Nivandro, tudo beleza?? Cara, fico estupefato com o grau de idiotia desse povinho "rocker" de SLZ. Um idiota como esse anônimo que escreveu acima devia ter vergonha de postar um comentário dessa natureza. Na verdade, ele deve julgar que ELE é quem pode falar de seja lá quem for, mas como não sabe escrever (preciso provar?) deve se sentir muito frustrado. Pobre infeliz. Faz assim, anônimo imbecil: enfia o dedo médio no próprio rabo e cheira - com certeza assim você ficará mais perto do seu eu interior. Aproveita também e deixa de visitar o blog do meu amigo, porque se não interessa, para quê se importar? E antes que você diga seja lá mais o que for, saiba que eu toco qualquer instrumento temperado de cordas que eu conheça a afinação, falo fluentemente 5 idiomas, sou doutor em filosofia, peso 102 kg, com 5% de gordura, e adoro artes marciais. Vai encarar, encara sem anonimato, cretino.

Anonymous said...

Meu colega junkie(eu sei que tu odeia, é só de mal...heheheh).é muita informação , ainda tô processando...mas fiquei muito identificado com a história que tu falou do Justin e da Madonna que eu adoro.eu,nunca me senti inferiorizado por gostar de futilidades também, tanto quanto gosto de coisas mais subjetivas, dependendo de como me sinta no momento.posso acordar e passar o dia inteiro lendo Clarice Lispector e no final da noite querer ver as futilidades do Perez Hilton em seu blog. odeio essa história de patrulhamento ideológico. quanto a MPB,concordo inteiramente. Incrível como só se conhece e se toca as mesmas coisas de sempre em nossa ilha. é por isso que eu quero trocar de ilha:vou pra Manhattan no outro ano só pra ficar mais fútil ainda e rir dos profundos demais. ei meu amigo dos 102 kg e 5% de gordura,nenhum contato, nada... que pena...

Anonymous said...

tu adora dar uma aula não é junkie careta?hauhauhauau.muito esclarecedor o teu texto, separou bem essas várias nuances de pop. eu já pensava assim mas, a coisa não era tão organizada como tu fez aqui. Quanto ao negócio do underground, você acertou muito. essa mentalidade de "tudo que é bom é pra poucos", ou "só o inteligente e intelectual é bom" é mesmo muito arrogante.os próprios Hermanos, são brega de doer em certas horas e nem por isso são ruins. mas, como tem essa coisa de serem "alternativos", parece que dá licença pra eles poderem ser simples. vou procurar conhecer essas bandas que tu citou. parabéns pelo texto. esquece esses babacas que aparecem de vez em quando.ler teu texto me deu coragem pra fazer o meu próprio blog.vou correr atrás.valeu!

Anonymous said...

De péssimo gosto o teu comentário sobre MPB. Chico e João Bosco mereceriam ter um tributo todos os dias pela qualidade de sua obra. Você não sabe disso porque só conhece as suas bandinhas inglesinhas. Se voCê realmente conhecesse o trabalho desses gênios, não teria feito esses comentários ridículos.Quando você amadurecer e parar de dar uma de adolescente, vai entender melhor. não temos culpa se apreciamos a arte de alto nível, que obviamente não foi feita pra pessoas como você.Melhor continuar com os roquezinhos e suas dancinhas engraçadas.Quem sabe um dia alguém faça um tributo pra você.Talvez pelas dancinhas,como coreógrafo, porque pela música, garanto que ninguém vai lembrar de ti.

Alessandra Castro said...

Muito bem escrito cheim? Eu infelizmente sofro dessa sindrome ó, assim gezus me salve de um dia ouvir minha banda favorita em novela da globo sabe? Dá arrepios q algo que vc dá o maior valor vire uma modinha e acabe parando em ouvidos menos...hummm descentes??

Anonymous said...

Viúvas-seu texto poderia se chamar assim. Excelente sacada.E tem muito mais outras por aí. Viúvas de Caetano,de Gil, de Dire Straits, de U2. E assim a gente vai vivendo como se nada de novo existisse. Ainda mais como se mora numa certa ilha, onde quem deveria infformar, é desinformado!Parabéns pela coragem.

Anonymous said...

Meu "cumpadre", adorei o texto. Principalmente por eu ser de uma banda que toca POP ROCK a mais de 03 anos em barzinhos e sei a dificuldade que passamos para impor nosso trabalho por estarmos na noite. Aos Rockers só deixo esse recado: "Money makes the world go round". Até a próxima. FUUUUUUUUUUUUIIIIIIIIIII

Anonymous said...

Esse negócio de blog é engraçado.agora qualquer um merda se acha jornalista e acha q pode escrever o q quer sobre qualquer assunto.qual é a tua formação pra achar q tu pode ser crítico?o q é tu tu sabe sobre a cena underground da cidade?nunca te vi em nenhum show nos undergrounds daqui onde a galera rala batalhando pra fazer a música anti-comercial,sem apoio de ninguém.tu, ao contrário, vive em tv,jornal,tocando em rádio. é claro q tu vai defender o pop. só n entendo como é q um musico tão bom qto o baterista que toca ctg, suja o nome dele com um trabalhozinho de merda, pop fuleiro qto o teu, q acha q é compositor e cantor.vai lá um dia visitar agente.quem sabe tu aprende a cantar pelo menos.agora pq tu acha q madonna faz musica de alto nivel eu vou achar q ela é do mesmmo nível de um petrucci?nunca vi tanta merda escrita junta. perdi meu tempo

Anonymous said...

Cara , a cada dia você melhora teu texto. Incrível essa capacidade que tu tens de fazer um texto tão imenso ficar uma leitura agradável.Sempre que leio o junkie careta, me empolgo e digo que vou fazer o meu blog também e dividir as loucuras com os outros. Só que aí a minha invencível preguiça sempre vence. É surreal o que alguns caras incomodados escrevem aqui. É assim mesmo, tem que ter alguém pra fazer a diferença. Pois saiba que eu,sou seu fã cara. Do compositor,do cantor, do poeta e do junkie careta, e não é porque eu sou teu amigo não.Sua cultura musical sempre me surpreende,ou no repertório da Radioteca ou depois de tuas postagens quando eu descubro um monte de bandas novas pra curtir.
Parabéns

Unknown said...

Me fez refletir...
È...eu,por exemplo,tenho relações sentimentais com uma certa musica do Phil Collins...:p
mAS vc ta certíssimo...:)

Anonymous said...

MPB, Forró, Pagode, Rock, Pop, Brega...Pois é, rótulos e rótulos... No começo foi criado um rótulo pra melhor se encontrar os LP's na prateleira, só que se esqueceram de fazer um "upgrade nas etiquetas"!
Antes (quando a "massa" pensava), Chico Buarque era popular, assim como Tom Jobim etc; hoje, o popular é Calcinha Preta e as Cia's por aí existentes (músicas das "massas"). Bom, gosto é gosto e não se discute, (até pq eu gosto de Reginaldo Rossi!) mas o que aconteceu com a música de "massa"?
A "emburrecência" ou a preguiça mental? Desde algum tempo, quando me perguntam que estilo de música eu toco na noite, não respondo: -Toco MPB! Como posso dizer que a música que eu toco é popular se quando estou tocando muitas vezes vejo no olhar das pessoas que me assistem aquela cara de: "que música é essa?" Mas se por um acaso do destino eu dedilhar ao violão os acordes iniciais de "minha periquita" ou "piririm pom-pom" muita gente vai começar a cantarolar com certeza! Ficou mais fácil engolir o que nos efiam goela abaixo, ou melhor, ouvidos adentro do que pesquisar e rebuscar sons e estéticas novas (ou não) que possam transmitir algo de construtivo, que possam aguçar as opniões e discussões sobre algo realmente interessante e menos fútil como a grande maioria das músicas populares que nos cercam.
E os rótulos? Adjetivos falidos que já não expressam mais o que deveriam estar contidos no conjunto.

Andrezinho said...
This comment has been removed by the author.
acervopop said...

A dura realidade é que apesar de estarmos em pleno século 21, muitas pessoas ainda preferem acreditar que a informação é algo sem importância! Vejo em São Luís muitos rebeldes sem nenhuma causa. Pessoas do contra simplesmente isso!Não possuem sequer argumentos, não sabem nem dialogar, são ignorantes!
O artigo de Nivandro é embasado em seus estudos, sua pesquisa, não surgiu do nada. Todo músico que se preze sonha um dia viver de seu trabalho, de sua produção artítica - quem fala o contrário é porque está infeliz consigo mesmo, ou então é recalcado - quem faz música pra ser consumida na escuridão é louco, não tem objetivo racional de vida!
Elvis Presley foi consumido por duas coisas: Seu empresário (o tal General) e por sua própria covardia em romper com a velharia de sua obra na hora certa,revitalizando assim a sua música nos final da década de 60! Era humano, possuía suas fraquezas! mas foi a sua própria insatisfação em se ver obrigado a viver do passado (não renovar a sua música)que o matou lentamente, as drogas foram apenas uma ferramenta para abreviar a sua vida e seu sofrimento! Sem curiosidade, sem novidade, e sem tesão ninguém vive meu povo! No mais vale a pena sempre ouvir uma música que seja honesta, vinda lá da alma! Deixo aqui um provérbio árabe que diz: "A ignorância é a vizinha da maldade!".

Anonymous said...

Oi Nivandro! Nossa vc me surpreendeu... tua visão crítica sobre música é muito embasada e mostra que tu conhece bem do que tu estás falando. Concordo em vários pontos contigo. Também creio que o que importa é qualidade musical, seja lá quem faça. Madonna e Justin Timberlake fazem um excelente pop e não há quem possa negar isso. E eu adoro! rsrs. Quem acha que ter essa visão fechada é ser cool então que vá morar numa caverna longe de tudo e todos, sem internet, televisão e luz elétrica.

Beleza mesmo teu artigo, mas... parece que tu escreveu com raiva ou é impressão minha? rs

Abraços!

Adriana de Sá

Anonymous said...

Puta artigo cara!é engraçado olhar os primatas mentais que ainda insistem em não evoluir por opção própria em S.Luís.A tua expressãp"muro de Berlim" foi perfeita. Tem que quebrar mesmo. Break on through to the other side como disse Jim Morrison.Fui ver o Walter Franco que tu falou e fiquei impressionado!Como pode um cara tão brilhante como esse não ser citado nunca em revistas,programas de Tv etc...? é sempre Chico, Caetano, Gil.Baixei e passei a noite ouvindo o disco revolver e é realmente sensacional.O Velvet achei muito toscão demais, sujão, e o Byrds parece muito com o R.E.M. Valeu as dicas!vê se não demora pra fazer o próximo. O meu blog tá quase pronto,tô terminando o primeiro texto,depois te mando o link.
Vlw!

Anonymous said...

Viva a democracia!

Nossa, viu como a galera do F.U.D.E.U é ativa? Engraçado é dizer que ninguém liga pra o que você escreve...uai, e o que diabos ele está fazendo aqui? Oww galera, por favor, não vamos cortar a árvore somente porque algumas folhinhas estão secas. Não gosto dessa história de dizer que o povo de São Luis é atrasado ou coisa parecida, como se ignorância aliada à intolerância fosse uma exclusividade ludovicense. Quem é fundamentalista, que se foda em seu fundamentalismo, afinal, há gosto pra tudo nesse mundo, inclusive para idéias como as de nosso colega anônimo. Aliás, já diria Suassuna, "o que seria do amarelo se não fosse o mal gosto?"...
Concordo, o rock é pop. A caneta bic também é pop, comprar óculos nas óticas Diniz é pop, o João Paulo II era pop, a Luciana Gimenez é Pop, aliás, é Super Pop..heheh...os "rockers", como são intitulados, se quiserem, cortem os pulsos. E aos amantes de Chico Buarque, ou só Chico, para íntimos como os que comentaram, se quiserem, toquem suas punhetas às mulheres de Atenas...enquanto profundos conhecedores da produção musical mundial como nós ficam nesse blá blá blá idiota, essa galera super pop está, como diria papai, “cagando e andando” pra gente!

Nivandro meu querido, meus parabéns, o texto ficou ótimo. Ah, você poderia dar uma pesquisada no contato do F.U.D.E.U??? só pra deixar a disposição do nosso colega anônimo que faz cocô com dois acentos circunflexos...hehehe...falows!

Unknown said...

Olha, adorei teu ponto de vista, mas detesto esses metidos a radicais do rock que parecem cachorros que correm atras do carro... quando ele para eles não sabem o que fazer... não tem proposta real nenhuma, não param de reclamar, ... sim já fiz isso (e muito mais), mas tinha 15 anos (por favor cresçam logo!!!), parem de ler orelhas de livros ultrapassados e espelhar-se em perdedores e filosofias vazias, se acham revolucionários, mas não enchergam a propria alienação... Viva a diversidade! avida é só uma.

Anonymous said...

uhuhauhauahuahuahuahuahuauah!
F.U.D.E.U e J.A.M.O.R.R.E.U foram sensacionais!até meu pai riu junkie. e olha que o homem só ouve Chico Buarque,Edu Lobo, Tom Jobim. Tudo é pop!hilário o q o Pablo e o Fernando Gomes disseram.Já tô aguardando o próximo texto.

Anonymous said...

Aproveita e funda o VIP: viados incubados pops.idiota

Anonymous said...

Muito interessantes todos os pontos levantados por vc.....
Realmente estamos cheios de conceitos vagos que são usados como rótulos em todas as situações....rotulamos pop, democracia, capitalismo, anarquia, etc. Muitas vezes nem nos questionamos acerca do significado desses rotulos......temos que parar para refletir, nos questionar (muitos nao fazem isso pq demanda tempo de esforço intelectual) sobre os termos que usamos para não ficarmos mais com essas opiniões e conceitos superficiais e costumeiros.
Continue escrevendo artigos como esse que nos levam a discussão e nos ajudam À formação de uma opnião propria!

Anonymous said...

Muito interessantes todos os pontos levantados por vc.....
Realmente estamos cheios de conceitos vagos que são usados como rótulos em todas as situações....rotulamos pop, democracia, capitalismo, anarquia, etc. Muitas vezes nem nos questionamos acerca do significado desses rotulos......temos que parar para refletir, nos questionar (muitos nao fazem isso pq demanda tempo de esforço intelectual) sobre os termos que usamos para não ficarmos mais com essas opiniões e conceitos superficiais e costumeiros.
Continue escrevendo artigos como esse que nos levam a discussão e nos ajudam À formação de uma opnião propria!

Anonymous said...

Meu querido e cheiroso "Junkie"...rsrs
Bom perceber que vc mais uma vez levantou poeira por aqui....isso é muito bom.
Eu fico passada qdo observo que as pessoas ñ se perimitem ao novo. Mas sem , obviamente, ñ esquecer o que já foi feito por grandes mentes. No momento que escrevo esse modesto comentário, tô ouvindo Ney Matogrosso cantando Cartola e antes tava ouvindo a Nina Simone e nem por isso, me fecho as boas e maravilhosas novidades, muito pelo contrário. O que quero dizer é que é preciso está atento, curioso, abrir os olhos, os ouvidos, a mente...ñ viver só do já foi.
Parabéns pelo texto, pela polêmica causada...rsrs

Olívia Michele said...

Olá, Nivandro!
Eu estava resistindo a olhar o texto do blog, mas com as msg's pipocando pra eu dar uma olhada nos meus recados do orkut.. tô aqui!
Meu primeiro comentário é sobre Justin Timberlake. Assisti ao show na tv a cabo e resumi em uma frase: Justin Timberlake é o filho da Madonna com o Michael Jackson (talvez o mais pop dos pops, senti falta de um comentário sobre ele no seu texto)! Quem diria que ele iria se transformar no artista que é hoje, pena que ele sofra tanto preconceito por ter feito parte de uma boy band.
Segundo comentário: Música baiana. Não caia na mesmice de rotular que toda música baiana é ruim. O axé music nos apresenta hoje, na época em que todos discutem a desigualdade social e a inclusão do estudo da cultura negra nas escolas, várias letras que tratam de lendas africanas e um vocabulário rico na língua iorubá. Carlinhos Brown tem músicas maravilhosas (e algumas q não merecem comentários..) e Pitty(apesar de negar a sua baianidade nagô) também deve ter herdado algum balangandã do Axé.
Ainda falando sobre rótulos, quem somos nós pra julgar se uma música é boa ou ruim? O calipso e o forró eletrônico não expressão os sentimentos e pq não dizer, a cultura da região Norte e Nordeste? Eu posso me reservar o direito de não querer ouvir, mas as pessoas lutaram durante anos pela liberdade de expressão pra que? Deixa a galera se divertir.
Terceiro momento: Não dá pra pensar na música brasileira sem esses ícones citados, principalmente Tom Jobim, não sei se vc já prestou atenção em quantos filmes americanos e europeus trazem Tom Jobim na sua trilha sonora, entre outros compositores brasileiros).
Caetano Veloso, Djavan e Milton Nascimento são os compositores brasileiros que mais constam em trilhas sonoras de novelas segundo a Globo.
Dependendo da forma de absorção da arte pelos receptores(nós, o público), tudo pode ser pop ou underground, com o passar do tempo (e uma jogada de marketing) essa forma de consumo pode se modificar, estudando um pouco de história dá pra ver que tudo que foi moderno, um dia foi criticado e amado por poucos e depois virou POP.

PS: nivandro, depois me empresta o album do Blondie! ;)

Anonymous said...

Não me convenceu.ontinuo achando que é musica descartável. é no máximo, musica de viadinho sensível. foda-se se sou machista, ainda prefiro o bom e velho rockn'roll.

Anonymous said...

Nivandro, eu acredito que há uma discrepância entre música pop e cultura pop. E no pior dos sentidos.
Tomemos por exemplo a Madonna, que você citou. Nos primeiros 10 anos de carreira dela, pouco se falou da música que ela fez. Muito se deu atenção para as noticias em torno dela - tanto que por muito tempo ela foi a mulher mais fotografada do mundo e perdeu lugar hoje para Britney Spears.
"Erotica", um dos melhores discos da carreira dela, foi ofuscado por toda polêmica em torno do livro "Sex", da turnê "Girlie show" e do filme "Corpo em evidência".
Hoje, da mesma maneira que aconteceu com Madonna, muito se critica a música de Britney Spears. "Não é música boa". Afinal, o que é musica boa e música ruim? Relativismo axiológico?
Eu acredito que Britney Spears, por bem ou por mal, é a primeira grande estrela do novo século. Abra em qualquer site de notícia, em qualquer língua; abra qualquer jornal, em qualquer língua; abra o youtube...procure qualquer meio de comunicação e lá está uma notícia sobre ela. Loucura? Insanidade? Mãe desnaturada? Isso é o que os jornalistas (menos apurados) dizem. Eu prefiro dizer que Britney tá uma hora dessas rindo das drenagens linfáticas que Beyoncé faz pra manter aquele traseiro sem estria, das dietas de Mariah Carey pra poder entrar naquele figurino de "É o tchan" que ela insiste em usar, e até da Madonna, que recentemente foi vista indo para academia e um fã gritou "Oh my God, it's Britney!!!"

Anonymous said...

Nivandro, eu acredito que há uma discrepância entre música pop e cultura pop. E no pior dos sentidos.
Tomemos por exemplo a Madonna, que você citou. Nos primeiros 10 anos de carreira dela, pouco se falou da música que ela fez. Muito se deu atenção para as noticias em torno dela - tanto que por muito tempo ela foi a mulher mais fotografada do mundo e perdeu lugar hoje para Britney Spears.
"Erotica", um dos melhores discos da carreira dela, foi ofuscado por toda polêmica em torno do livro "Sex", da turnê "Girlie show" e do filme "Corpo em evidência".
Hoje, da mesma maneira que aconteceu com Madonna, muito se critica a música de Britney Spears. "Não é música boa". Afinal, o que é musica boa e música ruim? Relativismo axiológico?
Eu acredito que Britney Spears, por bem ou por mal, é a primeira grande estrela do novo século. Abra em qualquer site de notícia, em qualquer língua; abra qualquer jornal, em qualquer língua; abra o youtube...procure qualquer meio de comunicação e lá está uma notícia sobre ela. Loucura? Insanidade? Mãe desnaturada? Isso é o que os jornalistas (menos apurados) dizem. Eu prefiro dizer que Britney tá uma hora dessas rindo das drenagens linfáticas que Beyoncé faz pra manter aquele traseiro sem estria, das dietas de Mariah Carey pra poder entrar naquele figurino de "É o tchan" que ela insiste em usar, e até da Madonna, que recentemente foi vista indo para academia e um fã gritou "Oh my God, it's Britney!!!"

Unknown said...

Ricardo Santos;


Cara fica dificil falar de gosto musical no meio de tantos mundos!
Mas acredito que o liga ou que toca, é que deve valer... Fico PUTO com essa galera que te critica, como se vc não fosse capaz. Acho que vc não deve nada aos grandes criticos da musica, ouça, viva, curta e não dê trelas os invejosos. Lembro-me quando comecei escrever sobre política, minahs primeiras criticas bem redigidas foram tão deturpadas, mas só me deram mais coragem para eu melhorar. Vá fundo nessa bro!!

Anonymous said...

Há dois anos atrás, me apaixonei por um estilo de música e coloquei dois muros de cada lado da cabeça. Assim eu só dava olhos ao que eu supunha que era a melhor música do mundo! Nossa! Todo o resto era resto, e a esse resto se afeiçoavam pessoas fúteis e ignorantes. Resolvi, de uns tempos pra cá, que seria mais flexível, já que realmente fui bastante preconceituosa em relação a outros estilos que não aquele. De repente, uma luz tomou conta de mim. Era apenas um ponto de vista, não era a verdade plena a respeito de todo o universo musical. E isso me tornava medíocre enquanto pessoa. Para crescermos é preciso entender as verdades de cada um. De fato, alguns conceitos precisam ser melhor esclarecidos sim. Os rapazes roqueiros que você encontrou na loja de cd's com toda certeza não entendiam bem os vários conceitos sobre o que é POP. Às vezes, rotulamos algo sem conhecer por medo de mudarmos de opinião... Muito normal isso. Mas só amadurecemos quando deixamos o escudo no chão e tentamos adentrar os mundos desconhecidos que existem por aí para construirmos nossas opiniões com maturidade e discernimento.
Parabéns pelo artigo, Nivandro. Eu gostei muito.

Unknown said...

meu mano niva, outra vez vc provoca controverssias ao meio, como tú sabes eu sempre fui meio conservador e ignorant nos conceitos, eu nao mudei muito ou seja eu amo o U2 dos anos 80 e esculto meio sem graça este U2 de agora, se ele ja era pop ou nao eu, deixo para os criticos, mas que agora com essa mistura americana em seu ritmo, ahhh,, isso me mexeu de forma negativa, porem a carruagem anda e tem cachorros grande por ai mordendo os calcanhares e por isso devo andar de botas, contextualizar se torna uma forma de observar os acontecimentos socias e criticos, somos sabedores que o pop se faz atraves da midia e porque nao dizer os empresarios ratos desta area ou seja eles que ditam quais os ritmos, cantores, bandas que iram fazer sucesso, porisso meu amigo ainda nos resta mesmo sem gostar dos atuais movimentos criticar, criticar e criticar, ora será que essa critica vai se ransformar em pop somente porque uma grande parte te apoia?, meu caro nao serias tambem uma ironia despresar-mos aqueles que expressam seus sentimentos atravez de uma leitura, musica, em nao aceitar-mos seus pontos de vista?amigo deixo aqui um abraço á vc e fiquei flz em saber que o nosso velho amigo fernando esta em forma fisicamente, pois em relaçao ao seu intelcto isto é fato conhecido por nós.

Anonymous said...

Excelente artigo meu querido junkie careta.Concordo com grande parte do seu texto, principalmente a que diz respeito ao caos que virou a nossa musica com a invasão do axé e do forró. Eu como não tenho essa sua diplomacia, digo com todas as letras que é uma merda de baixo nível, apelativos(ambos) e que de nada acrescentam a quem ouve. Mas , gosto, você sabe, não se discute, se aceita! eu por exemplo, aceito, mas detesto.

Anonymous said...

Acho que vocês deveriam respeitar quem tem um diferente ponto de vista do de vocês. Eu adoro axé e forró. Acho que são estilos feitos pra dançar e se divertir e não pensar em nada. Não sou doutora, mas sou médica recém formada e detesto quando vejo esse tipo de coisa. Apesar de você estar muito bem embasado em sua pesquisa, pelo que se vê no texto, você obviamente defende um ponto de vista preconceituoso em relação aos estilos que você não gosta.

Anonymous said...

É preciso respeitar as escolhas! Quem ainda não é pai ou mãe (mas um dirá será) sabe bem o que é isso!Mesmo que não aprovemos a tal escolha! Nesse sentido um texto como o de Nivandro contribui em muito na busca pela tolerância, embora pense que o Brasil continue sendo um país muiiiiittttooo dócil!! É isso metaleiros, chicleteiros, roqueiros, indies, punks, amantes do jazz, da MPB e da MPM - vamos discutir mais sobre arte, política, sexo, enfim sobre as nosssas vidas! Acho e penso que é isso que poderia mudar ao longo prazo o nosso país, o estado em que vivemos, etc e tal!! A todos que participaram desse debate meus parabéns!!! abraços a todos!!!

Anonymous said...

Nivandro, além de ter lido o texto e ainda estar processando algumas coisas, li alguns comentários que deixaram aqui, buscando palavras novas para lhe falar. bom, acredito que não exista nada de novo, pois quase todo mundo falou o que eu queria rs... bom, vou resumir: não só aqui em São Luís (acredito que você se referiu a toda "massa"), as pessoas ainda são preguiçosas, e isso é uma pena. para mim, o POP é tudo aquilo que circula por ai e que é mais facilmente aceito; o POP é tudo aquilo que tem uma finalidade, seja de vender (principalmente), de comover, de virar produto, de ser captado mais rápido, seguindo aquele parâmetro que você citou: (estrofe I+ bridge + refrão+ estrofe II+ refrão, nem sempre nessa ordem, mas normalmente obedecendo a esse formato). porém, se formos analisar bem o que eu acabei de dizer, sabe qual é a conclusão? Arte. Arte em todos os sentidos, níveis e subníveis.
Acho que as pessoas devem deixar seus pré-conceitos de lado, e expandir seu conhecimento. Por que precisamos dizer que todo mambembe é vagabundo? Isso me apavora. Julgar é super fácil... Díficil é ter que ver que ninguém supera isso.

Parabéns pela crítica!

Sdds,

sua aluna, Léo. =D

Anonymous said...
This comment has been removed by a blog administrator.
Anonymous said...

Parabéns pela coragem de questionar os "deuses do olimpo",pra mim, deuses minúsculos.você podia aproveitar e falar de um sub-rótulo da famigerada MPB, a nossa MPM. São caras que, em sua maioria, com honrosas excessões de artistas talentosos,estão há 30 anos fazendo a mesma música, falando a mesma coisa, usando o mesmo guitarrista. não parecem ter nenhuma preocupação em evoluir . é o mesmo discurso regional de sempre muito parecido com o que você citou, só que aqui são os os defensores da "legítima música maranhense".Lançam ano após ano o mesmo cd, com o mesmo lenga-lenga de sempre, pra garantir o jabá anual dos vários projetos culturais de "artistas da nossa terra",sem a menor intenção em se aperfeiçoar, só pra garantir que sejam parte do "som do Mará", pra dividir a fatia do orçamento que a "cultura" destina a eles. Você pode encontrá-los trabalhando espalhados nas várias secretarias do estado,normalmente na cultura. voc não acha que isso merecia um artigo junkie?

Anonymous said...

Acusação bem grave essa senhor com a boca no trombone.Pegou bem pesado.Espero que saiba a merda que tá dizendo. Há grandes e memoráveis artistas maranhenses que por acaso trabalham nas secretarias e nem por isso sao desonestos.Pessoas que lutaram e lutam para que a nossa verdadeira música,nossa cultura seja preservada e não acabe na mão de indivíduos deslumbrados com culturas estrangeiras como esse pretenso colunista, dessa pseudo coluna que se diz cultural.

Anonymous said...

nossa...

é impressionante a raiva que certos assuntos despertam. pra que isso? digamos que tu fosses um cara idiota que não sabe de nada, nesse caso te seria proibida a manifestação através de um blog? só uma palavra: censura.
que é isso, gente? as pessoas têm direito de se manifestar e as réplicas não precisam ser violentas.

não há nada mais saudável do que questionamentos. em qualquer esfera da vida.

Feminist Woman said...

Bom Nivandro,
eu axo q cada um tem seu devido lugar
se os caras tocam pop e se sentem felizes no mundinho colorido deles,fazer o q?
claro q nunca vamos ouvir os classicos de rock em um desfile de moda,Graças à Deus
não podemos ser tão inflexiveis e tentar converter os caras pra curtir o som mais alterna...
sendo assim...
Parabéns pelo artigo,adorei mesmo
Saudades Teacher
te cuida
bjãoooooooo da ruiva

Anonymous said...

Acho que sua aluna ruiva não entendeu o conteúdo do texto Nivandro. Quer dizer que os caras do pop vivem num "mundinho colorido" e os "clássicos" não vão nunca ser tocados num desfile de moda? o que é "clássico"? Is this it do Strokes por exemplo , pra mim é clássico, pra outros é qualquer um do pink floyd, que eu por exemplo acho um pé no saco. Pior ainda é definir o que é "alternativo" desde que o Nirvana fez o never mind como tu mesmo já falou aqui. E eu concordo com o Eduardo, não é preciso concordar gente!não precisa também detonar quem tem uma opinião diferente da maioria ou expõe sua opinião no jornal do Brasil, na Folha, no Estado,num fanzine ou num blog.Tem que haver mais tolerância. Somos ou não somos civilizados?continue falando de temas polêmicos sim nivandro que isso é saudável pra todo mundo. Valeu!

Anonymous said...

A cada texto teu me surpreendo, Nivandro. Idéias que venho alimentando, remoendo, construindo e eis que vem você e me diz absolutamente td sobre elas. E neste caso não foi diferente. Música sem selo, música como arte, músico sem preconceitos e pudores. Da próxima vez não comento absolutamente nd ctg. Sei que o meu profético minerador de pensamentos irá garimpar tds eles, lapidando-os da forma mais precisa possível. Aguardo ansioso o próximo presente de um dos alunos mais aplicados sobre o que os Fab e companhia nos ensinaram de e sobre música. Parabéns, irmãozinho!

Anonymous said...

Tributo ao novo é realmente um grande nome Nivandro.Grande sacada de mais um ótimo texto seu. Parece nome de projeto. Me autoriza a usar?

Anonymous said...

Hey teacher :)
Gostei do texto e tudo q vc falou com certeza tem fundamento.
O conceito de pop é muito relativo.E pessoas/bandas que idolatramos hoje como revolucionárias podem se vender amanhã.Quem diria nos anos 70 que Os Mutantes voltariam sem Rita Lee apresentando show primeiramente nas grandes potências do que no país natal e ter até dvd's gravados por lá,fazer turnês no GRANDE dominador EUA!E digo isso como grande fã da banda,eles foram muito revolucionários mas essa volta,convenhamos foi comercial(Mas vou adimitir,se estivesse por lá não perderia o show). Caetano,que era brilhante hoje parece estar indo com a maré...Não devemos falar que NUNCA aquele revolucionario/banda/qualquer um vai se vender,talvez daq a uns 20 anos.
Quando que a 4 anos atrás me imaginaria ouvindo o que escuto hoje?Não devemos viver de passado,criar 10000 tributos da mesma mesmisse,claro que os monstros brasileiros que os tem merecem.Talvez quando o presente for passado,teremos tributos de artistas de hoje :(
Axé,forró são musicas também,mas apenas feitas pra entreter e serem dançantes,tem quem goste e tem que não.
Confesso agora que meu iTunes tem mais coisa do século passado do que desse e isso devido a palavra chave que muitos já citaram:preguiça.
Todo mundo passa por aquela fase de mente fechada,eu era cruel,só achava Grunge música e a simples menção de outro estilo musical era pecado,nem me interessava!Hoje escuto até uns axés de vez em quase nunca..hehehhee

Anonymous said...

*um erro no post ai de cima,eles de fato se apresentaram sem Rita numa fase mais progressiva,mas não imaginaria que eles voltariam c/ outros vocais cantando musicas que antes eram cantadas por ela

Anonymous said...

Você deveria ser um pouco mais TOLERANTE com nós, pobres mortais que trabalhamos o dia inteiro e não temos o dia todo livre pra passar em frente a um Pc ou ficar estudando sobre artes e ter essa sua vasta cultura sr junkie careta. Mais tolerância lhe cairia bem.Mais rspeito com quem pensa diferente de você também.Sua arrogância impressiona.

Anonymous said...

Tem muita gente aqui confundindo ponto de vista,escolha pessoal com arrogância. Pera aí meu povo vamos deixar bem claro que arrogante é quem não aceita ouvir opiniões contrárias as suas de maneira civilizada. Um ponto de vista não muda a vida de ninguém, é preciso amadurecer, crescer,tomar postura de adulto.Bem-vindos ao mundo real!

Anonymous said...

"A ferrugem não dorme". Young disse a frase porque não conhece o Maranhão! Com todo respeito,o lugarzinho atrasado!Mas a mudança está nas maõs de todos nós! Se paramos e investimos um tempinho para discutir sobre o pop, poderíamos fazer o mesmo com outros assuntos também importantes, isso muda muita coisa que a gente vê de errado em nosso cotidiano! Pense nisso!

Filipe Garcia said...

tudo o que escrevo no meu blog é de autoria minha, obrigado pela visita. Mais tarde eu volto pra ler seu texto.

abraço

Tiago Torigoe said...

Nossa cara,muito muito bom seu post!!
Quase morri pra ler ele todo (e eu que achava que meu blog tinha posts grandes ¬¬), mas li todinho,pois o assunto muito me interessa!!

Realmente,sua opniao é parecidissima com a minha,quie odeio esse fundamentalismo musical de hoje em dia...assim como odeio seu oposto: o modismo musical...

eu AMO musica,como está na minha mensagem do MSN,na minha camisa que tirei foto e está no perfil do orkut :P

e meu estilo é assim: eu gosto da MÚSICA, não quero saber do AUTOR 9se ele fuma bebe cheira,é "pop" ou dá o rabo!), nem muito do Gênero...

Pois,sim,existem meus autores prediletos e meus generos prediletos...mas só são prediletos,pois tem as "Melhores" musicas (para mim)... pois MÚSICA é tudo, que se dane autor,genero,tipo, ou quqlquer outra rotulação!!

vou te linkar no meu blog,passe mais vezes lá! \o/

see ya

Unknown said...

Bom, suas idéias estão muito bem colocadas, e eu até me identifico com muitas delas.
Mas acontece que é muito comum artistas se transvestirem no pop quando sua música não tem nada de mais. E é muito comum esses caras serem divulgados, como vc disse, para adolescentes e etc etc etc.

Eu não deixo de gostar de algum artista só pq ele seja pop (aliás, ouço vários, madona, inclusive). Mas eu tenho espírito investigativo, sabe? E não me encoraja procurar nada de novo entre os que se auto-conclamam pop.

Paula Calixto said...

"cria uma estratégia para vender a imagem da banda para que o som chegue a um publico maior, não há nenhum mal nisso, o que é reprovável, é quando se vende uma imagem que não existe, sem consistência conceitual, falsa."

Concordo com quase 100% do seu post (é que falar que concordo com tudo fica brega.kkkkkkkkk...). Mas esse trecho aí traduz bem a coisa toda.

Pôxa, curto muitos dos sons que você mencionou. AMO Nirvana!!! Toda vez que escuto "Oh! Me" viajo numa introspecção muito boa. (;

Nhá! Bom é quem atende a demanda do seu desejo! A gente não veio ao mundo pra abdicar de nada, mas sofrimento e alegria (alguns) ainda são escolhas.

Quem quiser ficar na miséria em prol de causa "nobre" - na verdade, distorcida - que fique. Não há nada mais egoísta que se fazer de vítima! (;

No mais... Gosto é como "fiofó", cada um tem o seu (embora, se empreste ao outro, de vez em quando!kkkkkkkkk...).

Beijos e obrigada pela visita e pelos elogios gentis. (((:

J.S. said...

Obrigada pela visita...apareça sempre que quiser!!!! gostei mto d seus textos...espero mais posts em breve...e concordo com o TRIBUTO AO NOVO, Baleiro, não só ele, merece...
um abraço, menino!

Ira said...

Tudo é pop, o mundo é pop, o rock é pop;
Já dizia o Humberto Gessinger, o papa é pop.

Anonymous said...

People should read this.

Anonymous said...

geotorelxz low rate loans
pay loans
consolidation loans